
ALGUÉM disse que a vida é um eterno aprendizado, ao que concordo plenamente.
Passamos por diversas provações, umas boas e outras nem tanto.
As nem tanto vamos deixar para outra ocasião, acho até que não devessem acontecer, mas meu achar, não irá mudar nada. Já as que nos faz bem, há, como são boas e nós ensinam.
POR força da criação ou seria procriação, uma colega está de licença maternidade e assumi temporariamente seus afazeres. No período da sua ausência, farei a supervisão e acompanhamento de deficientes visuais para estágio na empresa.
TRABALHAMOS com Acessibilidade e Usabilidade em sítios para a web, e por conta disso, contratamos portadores de deficiência visual para atestarem via aplicativos sonoros
(Virtual Vision - Jaws e Webvox) a acessibilidade das páginas.
JÁ tinha contato com outros estagiários que nos auxiliaram anteriormente, porém, partindo desde o primeiro contato com os interessados até a conclusão da contratação, foi a primeira experiência.
DEPOIS de alguns e-mails e uns telefonemas com o primeiro interessado, e marcado dia e hora, uma simpática e falante voluntária se apresentou, fomos então a entrevista, depois do papo técnico, e repassado toda a documentação necessária para a contratação, ficamos aguardando uma pessoa que iria buscá-la na empresa, enquanto isso começamos uma conversa informal.
FOI inevitável perguntá-la se sua cegueira era de nascença, ao que ela respondeu antes que eu terminasse, que tinha apenas quatro anos, de cara fiquei chocado, daí, o aprendizado que me referi no começo do post. Foi uma aula de determinação, vontade e acima de tudo, superação.
RETINOPATIA Diabética, foi o que causou sua cegueira.
*(A Retinopatia Diabética é caracterizada por alterações vasculares. São lesões que aparecem na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como conseqüência, a perda da acuidade visual. Exames de rotina (como o fundo de olho) podem detectar anormalidades em estágios primários, o que possibilita o tratamento ainda na fase inicial do problema. Hoje, a Retinopatia é considerada uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes, junto com a Catarata.)
DEPOIS de quase uma hora de conversa e algumas explicações sobre como superou a depressão e mais um monte de problemas proveniente deste trauma, acompanhei-a até a parada de ônibus juntamente com seu noivo que tinha acabado de telefonar dizendo que já se encontrava na portaria.
GANHEI dois amigos, como bem disse ela, e aprendi que a superação está aí, pra quem tem e quem pensa que não tem o que ser superado.
* Fonte: SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes
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