quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Acontecimentos

Saudades Eternas

DEPOIS de muito tempo, decidi enfrentar a tecnologia, pode parecer paradoxal, pois trabalho com ela, porém, externar idéias, é ter material novo sempre, e nem sempre, uma pessoa comum como eu, tem esse privilégio, mas vamos lá.

A primeira semana de janeiro normalmente é diferenciada por diversos acontecimentos, férias, viagens, famílias reunidas, repartições vazias e por aí vai, no entanto minha semana saiu um pouco disso e um fato um tanto inusitado aconteceu.

LAMENTÁVELMENTE perdemos um colega de trabalho, não por ele não mais estar entre nós, mas era gente finíssima, uma das pessoas mais educadas e solícitas que já conheci, que esteja em paz!

PERDER pessoas queridas parece inevitável, mas algumas situações mudaram a minha rotina e o meu costumeiro bom humor nesta semana. Um dia após a sua morte, logo pela manhã, meu telefone toca, quando atendo e pra minha surpresa, "QUE BOM QUE NÃO FOI VC" diz a voz do outro lado.

DEPOIS de conversar por alguns minutos e esclarecido o dilema, fiquei com aquela frase o dia inteiro na memória.

NÃO bastasse essa ligação, começaram a ligar nos telefones dos colegas de setor outras pessoas com as mesmas dúvidas, e com medo de ligar diretamente pra mim, logo, toda a baia (sala) e as vizinhas sabiam do "bafafá", seria cômico se não fosse trágico, como quase todos conheciam o falecido, quem ligou, tirou suas dúvidas, ou seja, não era eu a pessoa daquele fatídico informe.

FUI ao enterro no dia seguinte, tristeza geral, família chorando, amigos lamentando, outros tomando café com pão-de-queijo, pois como bons mineiros, não poderia faltar em tão nobre velório.

FATO consumado, volto ao trabalho, como a fila tem de andar, ao meio dia, e como era sexta feira, saímos para almoçar fora da empresa como de costume, pra diferenciar, tomar uma para o falecido, afinal, fizemos muito isso, eu e ele, em outros tempos e em outras situações.

NÃO bastasse os acontecimentos na empresa, na mesa ao lado à que sentamos no mesmo restaurante, tinha seis pessoas que trabalham em setores diferentes da empresa que também receberam o mesmo informe, pra minha não tão surpresa, levantou-se uma delas ao me ver e gritou "QUE BOM QUE NÃO FOI VC", já quase acostumado com aquele bordão, e obviamente sem graça, almocei sem mais sabores.

FIQUEI com a sensação de que se fosse eu em seu lugar, ele estaria sendo questionado da mesma forma, por mais queridos que sejamos, a maneira como recebi esses questionamentos é que me preocupou, sem perceber, as pessoas simplesmente se esqueceram que de fato um ente querido tinha nos deixado, ainda que não tivesse sido eu.

PRA esclarecer o porque desta celeuma, algumas coincidências se seguem para um melhor entendimento:
- Estudei com ele na década de 80, se não me engano no Ginásio do Guará;
- Trabalhamos por vinte e poucos anos na mesma empresa;
- Morávamos na mesma quadra e no mesmo conjunto, vizinhos de fundos;
- Ele estava de licença médica prá tratar do problema que causou seu óbito;
- Fiquei também de licença pra tratar da minha coluna no mesmo período;

MAS Acho mesmo que o que realmente fez com que as pessoas ficassem na dúvida foi que ele se chamava Geovani Inácio de Souza, a quem dedico essas mal tratadas e escritas linhas, e por ter me dado a honra de ser seu amigo! Onde quer que esteja, que seja em paz!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Tio o que está acontecendo com as fotos? Da uma atualizada ae, e vamos divulgar o blog peço menos para os intimos!!!

Abraço!