sexta-feira, 14 de março de 2008

Libertas quae sera tamen

Linux/Janela
ANTES de iniciar este post, gostaria de dar uma breve desculpa esfarrapada sobre o assunto abordado, não sou e nem tenho a pretensão de ser doutor no assunto, apenas levantei a lebre porque além de aprendiz e usuário de Software Livre, achei oportuno, em função do crescimento visto em pesquisas, do uso em computadores domésticos.

QUANDO Richard Stallman esteve aqui no Brasil ano passado, apesar da pouca divulgação e muitos curiosos no auditório da empresa, percebi naquele Sr de cabelos longos, que aliás, ele passa o tempo todo a coçar, ele não só criou a Free Software Foundation, sem nenhum trocadilho infame, ele abriu uma janela para novos horizontes ou seja, para o mundo livre de softwares proprietários.

NO período de sua atuação, desde 1983, a situação mudou radicalmente e, apesar dos programas proprietários ainda estarem presentes na grande maioria da base instalada de computadores, os aplicativos e até sistemas operacionais livres ganham mais espaço entre governos, empresas e usuários domésticos. O crescimento no uso desse tipo de programa, como as versões do sistema operacional Linux, mexeu com a bilionária indústria de softwares proprietários, que busca, depois de espernear bastante, no mínimo, uma coexistência pacífica com as aplicações abertas.

O EXEMPLO mais recente foi a decisão da Microsoft de abrir as APIs - Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicativos - de alguns de seus principais produtos. Considerada durante anos pela comunidade de software livre como a grande vilã do meio, a empresa vai permitir que desenvolvedores usem a documentação para produzir aplicativos livres que trabalhem harmoniosamente com os programas criados por ela. Há diversos outros exemplos de adesão de grandes companhias a essa tendência e, para quem atua na área, este é o resultado de um cenário mundial que, no Brasil, foi diagnosticado pelo Instituto Sem Fronteiras.

EM *(pesquisa) recente com mais de mil empresas e órgãos governamentais, a entidade constatou que 73% deles adotam esse tipo de programa e 48% usam a tecnologia em missões críticas. Com certeza essa será uma das discussões que estarão em pauta mês que vem em Porto Alegre, quando a entidade promove, entre os dias 17 e 19, o 9º Fórum Internacional de Software Livre (FISL 9.0), que reunirá alguns dos maiores nomes mundiais do chamado ecossistema de software livre. Os indicadores condizem com um panorama geral no mundo. União Européia e Estados Unidos também sinalizam na mesma direção.

APESAR de serem mais usados por empresas e órgãos governamentais, o Linux e outros softwares livres também conquistam espaço nas máquinas de usuários domésticos. Programas como o navegador Mozilla Firefox, o pacote para escritório OpenOffice ou o media player VLC, se tornam cada vez mais populares. Eu mesmo como estudante de Analise de Sistemas para web na UniCESP, usava vários softwares do tipo, quando da minha graduação. Portanto, a janela se abriu, o mundo livre agradece.

* Fonte: Portal UAI